Blu-Ray vence HD-DVD: para brasileiros não há mudança imediata, dizem especialistas.

RIO - Após quase quatro anos de batalha entre os padrões HD-DVD e Blu-Ray, o futuro dos discos de alta definição está traçado. A decisão da Toshiba de desistir da fabricação de aparelhos e discos HD-DVD decreta a vitória do formato Blu-Ray, defendido pela Sony e pelas mais de 170 empresas que compõem o consórcio internacional de apoio ao padrão. Mas para os brasileiros esta definição não traz mudanças, pelo menos não imediatamente, afirmam especialistas. ( Clique e entenda esta disputa em breve histórico )
- Para o consumidor final, esta briga nunca fez diferença. O que interessa é saber que a evolução dos DVDs está acontecendo e que este novo padrão traz mais capacidade para guardar dados e, com isso, imagens de altíssima qualidade, como as exibidas nos televisores de alta definição e na TV digital aberta que chegam ao Brasil - explicou Fernando Schneider, gerente de produtos da linha de Home Theater da Sony, pouco antes de a Toshiba anunciar a desistência do padrão HD-DVD. ( Leia também: Microsoft diz que fim do HD-DVD não afetará Xbox 360 )

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A gente retoma a discussão (...) da TV digital. Mesmo quem comprar um aparelho Blu-Ray agora, vai precisar de um televisor de alta definição para ver a imagem com qualidade real (João Zuffo, especialista)
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O padrão Blu-Ray permite, entre outras coisas, que um disco DVD grave desde 25GB de informação até 100GB - este último ainda em testes, mas muito além dos atuais 4,5GB de capacidade de um disco comum -, o que abre mais espaço para dados e imagens em alta definição. Mas o alto custo dos aparelhos de leitura pode retardar a adesão em massa dos consumidores brasileiros: os players HD-DVD e Blu-Ray que chegaram às prateleiras do país ao longo de 2007 custam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Existem aparelhos híbridos, que lêem os discos nos dois formatos, mas o custo é ainda maior. Não existem números oficiais sobre o volume de vendas destes eletrônicos no Brasil, mas certamente não há adesão em volume. Resta aos brasileiros esperar que, com a vitória do Blu-Ray, a indústria barateie a produção, acelere a fabricação de discos e players e que prevaleça a lei de mercado: mais oferta, preços mais baixos.

- O usuário que comprou um televisor de plasma ou LCD ou que assina TV paga digital pode sentir mais a necessidade de aderir aos novos aparelhos, mas o consumidor hoje não precisa se preocupar com esta mudança de imediato. Pode continuar com aparelho DVD comum, alugando o DVD comum, mesmo porque os grandes estúdios agora é que começaram a filmar em alta definição - explica Tomas Trabulsi, gerente de negócios da linha áudio e vídeo da Philips, co-fundadora da associação mundial de mais de 170 empresas que apóiam o padrão Blu-Ray.

Já o professor João Antonio Zuffo, titular de eletrônica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), explica que os aparelhos de DVD comuns não reproduzem discos Blu-Ray nem HD-DVD, assim como os aparelhos que rodam os novos padrões não são compatíveis entre si - um não lê o disco do outro. Os filmes e seriados em Blu-Ray já estão nas lojas (custam entre R$ 80 e R$ 100) e disponíveis em locadoras, mas somente aparelhos com laser azul (Blu-Ray) ou vermelhos (HD-DVD) são capazes de acessar os dados. E reforça que, mesmo os aparelhos prontos para estas tecnologias precisam estar ligados em televisores de alta definição (HDTV ou full HD), que exibem imagens em formato 1080p, para que a qualidade seja, de fato, percebida.
- Um aparelho de DVD comum custa hoje 200, 300 reais. Estes novos, de alta definição Blu-Ray, são muito caros. Tenho impressão que esta disputa demorou muito. A gente retoma a discussão que tivemos quando começaram as transmissões da TV digital. Mesmo quem comprar um aparelho Blu-Ray agora, vai precisar de um televisor de alta definição para ver a imagem com qualidade real - afirmou o especialista.

O professor e especialista lembra que os discos Blu-Ray gravam dados em duas camadas - podendo chegar a até 100 GB de informação - e que os usuários brasileiros mais imediatamente beneficiados podem ser não os telespectadores, mas os usuários de computador, já que há espaço de sobra para armazenamento (backup). Mesmo assim, os fabricantes precisam acelerar a queda nos preços se desejarem que o Blu-Ray faça sucesso neste segmento, uma vez que novas mídias estão ocupando este espaço.

- Se eles (fabricantes) não reduzirem esta lacuna a tempo de a tecnologia chegar mais barata para o consumidor, serão logo ultrapassados pelo computador e pelos portáteis, como a memória flash. Hoje é possível comprar um cartão de memória de até 64GB.

Em janeiro, a Sony cortou em R$ 1 mil o preço do aparelho DVD Blu-Ray, lançado em julho de 2007 a R$ 3.999, e, apesar da baixa expectativa dos consumidores, aposta que as vendas para o Natal deste ano já serão significativas. Para tal, entrou em 2008 com 24 títulos de filmes Blu-Ray dos estúdios Sony Pictures com legenda e áudio em português e promete pelo menos mais 50 lançamentos para este ano.

- Até o fim de 2007 apostávamos na indefinição, com um 'boom' de vendas entre 2009 e 2010. Estamos acelerando as coisas, apostando na queda de preços e já acreditamos em um volume maior de vendas já em 2009.

Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/02/19/blu-ray_vence_hd-dvd_para_brasileiros_nao_ha_mudanca_imediata_dizem_especialistas-425724807.asp

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O que vocês acham disso???
Eu acho que eh bom, apesar de eu naum ter um PS3, mas sim um leitor/gravador blu-ray!